segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Tela de papel é brilhante, barata e descartável




Tela de papel descartável
O papel brilha tanto quanto um monitor de computador. [Imagem: Advanced Functional Materials]
 
 
Telas descartáveis

Talvez a briga entre papel, papel eletrônico e telas não precise ir às vias de fato.
A equipe do professor Ludvig Edman, da Universidade de Umea, na Suécia, acaba de fabricar uma tela emissora de luz a partir de papel comum.
Essa "tela de papel" poderia viabilizar telas descartáveis para embalagens de produtos, revistas ou jornais, tudo usando materiais baratos e ambientalmente amigáveis.
Para construir a tela, a equipe usou um aerógrafo para pulverizar seis camadas de materiais diferentes sobre um pedaço de papel: um adesivo inicial, quatro camadas condutoras que transformam a eletricidade em luz, e uma camada de acabamento para manter tudo no lugar.
Quando alimentado com 11 volts, o papel brilha tanto quanto um monitor de computador.

Tela inquebrável

O professor Edman afirma que as telas de papel feitas por pintura ou impressão poderiam ser uma alternativa de baixo custo aos LEDs e aos OLEDs usados nas telas mais caras. Esses diodos emissores de luz são eficientes, mas caros, por isso, uma versão ambientalmente amigável e barata teria seu apelo, defende ele.
A tela impressa é tão flexível quanto o papel que lhe dá sustentação. Por não ter componentes de vidro, ela não representaria riscos se incorporada em embalagens, revistas ou mesmo livros, defende a equipe.
 

Bibliografia:

Light-Emitting Paper
Amir Asadpoordarvish, Andreas Sandström, Christian Larsen, Roger Bollström, Martti Toivakka, Ronald Österbacka, Ludvig Edman
Advanced Functional Materials
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/adfm.201500528


LEDs em tecidos são fabricados em processo industrial

 
LEDs em tecidos são fabricados em processo industrial
Fabricantes de materiais esportivos e camisas para jogadores e atletas certamente irão adorar. [Imagem: KAIST]


Revestimento por imersão

Fabricar LEDs em forma de fibras - que podem então formar a trama dos tecidos eletrônicos - pode ser mais fácil do que se previa.

Seonil Kwon, do instituto KAIST, na Coreia do Sul, descobriu que fabricar um LED em forma de fibra pode ser tão simples quanto mergulhar a fibra na solução adequada.

A essência da técnica é um conhecido processo industrial, chamado revestimento por imersão (dip coating). A fibra é mergulhada na solução, que se deposita para formar camadas de materiais orgânicos que dão origem aos LEDs.

O controle preciso da deposição das camadas gerou LEDs de alta luminosidade, muito superior à de outros LEDs flexíveis.

Kwon testou a criação dos LEDs orgânicos em várias estruturas, mas os cilindros se mostraram particularmente bons para o trabalho, permitindo ajustar a espessura da camada de revestimento com precisão nanométrica.

Telas tecidas

A equipe afirma que esta tecnologia poderá acelerar a comercialização dos computadores de vestir e outros dispositivos incorporados nas roupas.

Por se tratar de um processo já conhecido, os dispositivos eletrônicos poderão ser criados no sistema rolo a rolo, de alta velocidade, e em materiais que vão das fibras individuais às folhas flexíveis de plástico e até metal.

A grande expectativa é que essas fibras possam ser tecidas para a criação de telas flexíveis em roupas e outros materiais moles - os fabricantes de materiais esportivos e camisas para jogadores e atletas certamente irão adorar.

"Nossa pesquisa vai se tornar a tecnologia central no desenvolvimento de diodos emissores de luz sobre fibras, que são elementos fundamentais dos tecidos. Esperamos conseguir baixar a barreira de entrada no mercado das telas de vestir," disse o professor Kyung Choi, coordenador da equipe.
  • LEC: um LED que pode ser tecido

Bibliografia:

High Luminance Fiber-Based Polymer Light-Emitting Devices by a Dip-Coating Method
Seonil Kwon, Woohyun Kim, Hyuncheol Kim, Seungyeop Choi, Byoung-Cheul Park, Sin-Hyeok Kang, Kyung Cheol Choi
Advanced Electronic Materials
Vol.: Article first published onlin
DOI: 10.1002/aelm.201500103
 
Fonte:  KAIST

Conferência global discutirá novas tecnologias no Brasil

Conferência EmTech

A cidade do Rio de Janeiro vai sediar, nos dias 18 e 19 de novembro, a conferência mundial sobre tecnologias emergentes, conhecida como EmTech.

O evento reunirá especialistas brasileiros e estrangeiros que debaterão as mudanças tecnológicas com cerca de 800 cientistas, empresários, empreendedores, inovadores e pesquisadores.

O EmTech, organizado pela MIT Technology Review, publicação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ocorre também nos Estados Unidos, no México, na Colômbia, no Equador, na Espanha, em Cingapura e Hong Kong.

Entre os temas que serão discutidos estão a biotecnologia, a educação do futuro, o abastecimento de água e os desafios da medicina.

Tecnologias de educação

Para o presidente da Finep, Luís Fernandes, o MIT traz uma referência global de reflexão sobre tecnologias emergentes, ao mesmo tempo em que é um "partícipe ativo da construção de ecossistemas de inovação, antenados com a visão de construção de futuro".

Já o vice-presidente do MIT, Israel Ruiz, falando a respeito a importância de investir em capital humano e em projetos inovadores locais, disse que "a tecnologia pode transformar vidas".

Segundo Ruiz, a tecnologia gerou mudanças essenciais em todas as indústrias e chegou a hora de priorizar as mudanças na educação de qualidade em todo o mundo.

Durante o encontro, será premiada a segunda geração de jovens talentos inovadores brasileiros com menos de 35 anos. Haverá ainda um fórum de investimentos, para fazer a conexão das empresas emergentes brasileiras com potenciais investidores.

 

Veste robótica impede má-postura

 


Veste robótica impede má-postura

Usando princípios da "robótica mole", o colete armazena energia cinética dos movimentos e enrijece usando músculos artificiais. [Imagem: Fraunhofer IPK/IZM]


Equipamentos de proteção individual

No mercado de equipamentos de proteção individual existem diversos tipos de colete para trabalhadores que precisam erguer pesos.

Mas parece que nenhum deles é perfeito: os trabalhadores reclamam da falta de conforto, enquanto os médicos pedem maiores níveis de proteção.

A equipe do Instituto de Sistemas de Produção, da Alemanha, acredita ter chegado a um meio-termo.
Eles criaram um colete com atuadores ativos que enrijecem quando o usuário começa a deslocar-se da postura ideal.

Desta forma, o trabalhador não precisa usar um equipamento de proteção individual apertado demais, o que tira sua mobilidade e incomoda, e nem se submeter a riscos maiores em razão de posturas inadequadas.

Robótica mole

Segundo a equipe, o colete usa o conceito de "robótica mole", criando uma autêntica prótese ortopédica para uso preventivo.

Segundo o Dr. Henning Schmidt, responsável pelo projeto, toda a eletrônica necessária, incluindo os sensores e os atuadores, estão embutidos no material. Os sensores monitoram todo o movimento do usuário, enquanto um processador compara os dados em tempo real com um padrão de movimentos ótimos.

A energia necessária para que o equipamento funcione vem do próprio trabalhador: quando ele se inclina para erguer um peso, o equipamento armazena a energia cinética, que é então liberada quando ela é necessária.

Schmidt afirma que o novo colete será particularmente útil em hospitais, onde os cuidadores frequentemente precisam carregar os pacientes ou ajudá-los a se mover, quando nem sempre é possível saber a força que será necessária para apoiar o paciente.

Fonte: Fraunhofer IPK/IZM

domingo, 30 de agosto de 2015

Computador quântico pode fazer cálculos em qualquer ordem

 

Computador quântico pode fazer cálculos em qualquer ordem
A superposição quântica funciona não apenas para os dados nos qubits, mas também para as portas lógicas inteiras. [Imagem: Philip Walther Group/University of Vienna]


Sem parênteses

Físicos austríacos demonstraram que os cálculos feitos por um computador quântico não precisam ocorrer em uma ordem predefinida para darem os resultados corretos.

Isso aumenta a expectativa da velocidade de processamento que poderá ser obtida com esses computadores futurísticos, uma vez que, até agora, se acreditava que o ganho de velocidade viria sobretudo da possibilidade de múltiplos cálculos simultâneos.

Lorenzo Procopio e seus colegas da Universidade de Viena demonstraram que esses "cálculos desordenados" permitem executar uma operação de forma mais eficiente do que ocorre em um processador quântico tradicional, em que as operações são executadas na forma sequencial tradicional.

Portas quânticas

No projeto tradicional de um processador quântico, as portas lógicas devem ser encadeadas de uma forma específica. O problema é que é difícil construir uma quantidade delas grande o suficiente para realizar cálculos práticos.

O que Procopio se deu conta é que o fenômeno quântico da superposição, em que dois qubits podem ter dois dados simultaneamente, não precisa se limitar aos bits quânticos - é possível criar uma superposição de portas quânticas, o aparato inteiro necessário para fazer o cálculo.
Isto significa que as portas quânticas superpostas podem executar suas operações lógicas em todas as possíveis ordens ao mesmo tempo.

E a melhor notícia é que o número total de portas necessárias para um determinado cálculo é menor do que quando a execução segue a sequência predeterminada.

Superposição de cálculos

Em uma superposição de portas quânticas, é impossível - mesmo em princípio - saber se uma operação ocorreu antes ou depois de outra operação. Isso significa que duas portas lógicas quânticas A e B podem ser acionadas nas duas ordens ao mesmo tempo.

Em outras palavras, a porta A opera antes da porta B, e a porta B calcula antes da porta A. Os resultados experimentais confirmam que é impossível determinar qual delas operou primeiro. Mas o resultado sai correto.

  • Fim da causalidade: eventos quânticos independem do espaço e do tempo

"Na verdade, fomos capazes de executar um algoritmo quântico para caracterizar as portas de forma mais eficiente do que qualquer algoritmo anteriormente conhecido," disse Procopio.
A partir de uma única medição do qubit - um fóton - a equipe detectou uma propriedade específica das duas portas quânticas, confirmando assim que elas funcionaram em ambas as ordens de uma só vez. À medida que mais portas são adicionadas ao circuito, o novo método torna-se ainda mais eficiente em comparação com técnicas anteriores.



Bibliografia:

Experimental Superposition of Orders of Quantum Gates
Lorenzo M. Procopio, Amir Moqanaki, Mateus Araújo, Fabio Costa, Irati Alonso Calafell, Emma G. Dowd, Deny R. Hamel, Lee A. Rozema, Caslav Brukner, Philip Walther
Nature Communications
Vol.: 6, Article number: 791
DOI: 10.1038/ncomms8913
 
Fonte: Inovação Tecnológica

Roupa inteligente aquece e esfria para manter seu conforto

 

Roupa inteligente aquece e esfria para manter seu conforto
A tecnologia de impressão de baterias, células a combustível e conversores termoelétricos já foi demonstrada no protótipo.[Imagem: Jacobs School of Engineering/UC San Diego]


Ar-condicionado pessoal

Imagine uma simples camiseta que possa aquecer seu corpo à noite ou no inverno, e resfriá-lo nos dias e horários mais quentes.

A ideia do professor Joseph Wang, da Universidade da Califórnia em San Diego, é não apenas dar conforto individual, mas também substituir os grandes sistemas de aquecimento e ar-condicionado, economizando energia.

"Nos casos em que há apenas uma ou duas pessoas em uma grande sala, não justifica o custo de aquecer ou resfriar a sala inteira," defende ele, acrescentando que o resfriamento ou aquecimento em uma base individual poderia reduzir o gasto de energia em prédios e residências em até 15%.
Para demonstrar seu conceito, ele e sua equipe desenvolveram uma camiseta cujo "tecido inteligente" foi projetado para manter a temperatura em 34º C, o que seus voluntários asseguraram ser a temperatura mais confortável.

Tecido inteligente

O tecido é chamado de inteligente porque adapta-se continuamente à temperatura externa. Quando o ambiente fica mais quente, o tecido se contrai, ficando mais fino e, quando o ambiente fica mais frio, o tecido se expande, aumentando de espessura.
"Independentemente se a temperatura aumenta ou diminui em volta, o usuário ainda sente a mesma temperatura sem ter que ajustar o termostato," disse Wang.
A mudança de espessura do tecido é possível com a inserção de polímeros especiais entre as fibras do tecido, polímeros esses que se expandem ou contraem em resposta a alterações de temperatura.
O protótipo também já possui um aquecedor ativo, com eletrodos implantados no peito, que deverá fornecer calor adicional nos dias mais frios. A equipe trabalha agora em um resfriador termoelétrico de estado sólido que possa retirar o calor em excesso nos dias mais quentes.
Além de camisetas e calças, os pesquisadores estão trabalhando em acessórios para esfriar ou aquecer partes do corpo que esfriam ou aquecem mais em resposta a alterações na temperatura ambiente, como a planta dos pés.

Gerador embutido

Os pesquisadores também estão projetando o tecido inteligente para que ele gere sua própria energia.
O tecido vai incluir baterias recarregáveis que irão alimentar os conversores termelétricos, bem como uma biocélula de biocombustível capaz de gerar energia elétrica a partir do suor humano. Todas essas peças - baterias, células termelétricas e biocombustíveis - serão impressos usando uma tecnologia que a equipe afirma já ter desenvolvido.

A ideia cativou o Departamento de Energia dos EUA, que acaba de fornecer US$2,6 milhões para que a equipe aprimore o tecido inteligente e apronte a novidade para o mercado.
"Estamos trabalhando para dar ao tecido inteligente a mesma textura e aparência das roupas que as pessoas usam regularmente. Ele será lavável, esticável, flexível e leve. Esperamos, também, torná-lo atraente e elegante para vestir," concluiu Wang.


Copiando um vinil: guia ilustrado



A época de ouro do vinil durou até o início da década de 1990 do século passado. Até aquele momento, quem queria ter a chance de ouvir um som em casa a qualquer momento que lhe desse na telha tinha duas possibilidades: comprar o próprio bolachão, ou conectar um gravador na vitrola e “baixar” o disco para uma fita-cassete.
 
Depois do advento do CD e, principalmente, do computador pessoal, as possibilidades para quem quer ter o conteúdo do disco em casa ficaram absurdamente mais simples. Hoje nem é necessário mais o CD em si. Basta você baixar os arquivos para o seu disco ou para um MP3 player da vida e acabou.
 
Contudo, felizmente a experiência de se ouvir música direto do vinil nunca morreu. Ainda existem milhões de pessoas que amam a sensação de colocar o disco na vitrola, ouvir os pequenos chiados das ranhuras, ter de trocar o disco de lado etc. Para esses amantes do prazer de lidar com o vinil, o site Supergroove está dando uma dica fantástica: como copiar o próprio bolachão em casa!
 
 
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São 9 passos básicos para você ter uma cópia fiel em vinil daquele disco raro (que custa uma fortuna) em casa:
 
Passo 1 – Criando o berço Construa uma caixa de madeira um pouco maior que o disco de vinil, de aproximadamente 40 cm quadrados. Vede os cantos com durepox ou aquela massinha usada para instalar vidros em janelas, ou qualquer outro produto vedante.
 
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Passo 2 – Posicione ao centro o disco a ser pirateado, tranque a porta e feche as janelas para não correr o risco de ser surpreendido por agentes da Polícia Federal.
 
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Passo 3 – Criando o Molde:

 Para criar o molde  do vinil, você precisará de um silicone especial chamado OOMOO 30 que você pode adquirir neste site em doses homeopáticas ou em baldes.
Eu recomendo comprar logo o balde, pois dá para fazer coisas incríveis com este silicone, sabe as máscaras do clipe Thriller do Michael Jackson? Foram feitas com este produto.
Ps: Antes de derramar o produto em cima do disco, coloque algo no furico do vinil para demarcar o centro.
 
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Passo 4 – Despeje o produto começando pelos cantos do berço e deixe ele se espalhar naturalmente. Certifique-se que foi criada uma camada de pelo menos meio centímetro de silicone. Agora é só deixar o grude secar por 6 horas.
 
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Passo 5 – Retire o silicone com cuidado e corte os excessos com uma tesoura sem ponta.
 
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Passo 6 – Criando o disco de vinil: O molde já foi criado, e você pode utilizá-lo para duplicar quando discos quiser. Agora despeje  o plástico líquido que você adquire aqui.
 
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Passo 7 – Certifique-se que não caiu nenhuma sujeirinha no plástico líquido. Espalhe o líquido suavemente e elimine as bolhas de ar que surgirem com uma espátula.
 
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Passo 8 – Você saberá quando o produto tiver seco. Retire-o do molde com cuidado e faça um furico no meio, usando uma furadeira com broca de 6mm.
 
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Passo 9 – O vinil está pronto para rodar!
 
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Fonte: Supergroove