Por Katya Foreman, The New York Times News Service/Syndicate
Paris _ François Lesage, o famoso mestre bordador que trabalhou durante mais de meio século para grandes costureiros e jovens estilistas _ de Cristobal Balenciaga a Jason Wu _ morreu em Paris, aos 82 anos.
Lesage fez sua última aparição pública em novembro: tinha um aspecto frágil, mas parecia animado durante a cerimônia em que foi homenageado com a condecoração de Mestre das Artes. Segundo a Maison Lesage, há anos ele estava doente.
"Ele era respeitado por sua personalidade apaixonada, seu trabalho excepcional e seu bom humor", a empresa disse. "E reinventou o mundo do bordado com seus experimentos e o uso de novos materiais".
Hubert Barrere, que foi nomeado o novo diretor artístico da Maison Lesage, assumiu suas novas funções oficialmente em 1º de dezembro.
Valentino Garavani confessou que foi Lesage quem lhe abriu os olhos para a arte do bordado. "Ele era capaz de criar as obras primas mais extraordinárias para os mais variados estilistas, do mais tradicional ao mais vanguardista. Você lhe dava um desenho ou uma ideia e não havia limite para a beleza", disse.
O Ministro da Cultura francês, Frederic Mitterrand, também descreveu Lesage como um inovador. "Ele era uma dessas pessoas que nos faz perceber a diferença entre o artesão e o artista", ele explica. "E também era famoso por sua generosidade e seu bom humor".
Para Sidney Toledano, CEO da Christian Dior, Lesage era a personificação de todas as virtudes que as grifes de luxo tanto exaltam: excelência, savoir faire, habilidade e senso artístico.
"Ele tinha senso de moda. Era um verdadeiro mestre" diz Toledano. "Se alguém merecia um título, esse alguém era François Lesage".
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