quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Livro gratuito orienta relação entre empresas e academia

 



Boas práticas

A Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras) lançou um guia para orientar as empresas a interagirem com as universidades e centros acadêmicos de pesquisa.
O livro, que é gratuito, apresenta os aspectos mais relevantes para o sucesso das parcerias entre empresas e as chamadas instituições científicas e tecnológicas (ICTs) na realização de projetos de inovação.
O objetivo é estimular o desenvolvimento de diversas formas de parcerias para alavancar a inovação tecnológica no país.
As boas práticas propostas podem, em muitos casos, ser extrapoladas para outras formas de inovação.

Expectativas

De acordo com a entidade, o livro procura atender expectativas tanto de empresas e ICTs que já praticam algum tipo de parceria, como daquelas que pretendem trilhar esse caminho.
Há também dicas para empresas de todos os portes, bem como para ICTs em diferentes estágios de estruturação para parceria.
O Guia está organizado em cinco capítulos:
  • Necessidade de colaboração e prospecção de parceiros
  • Avaliação das oportunidades de fomento
  • Planejamento e negociação da parceria
  • Execução e encerramento do projeto e manutenção da parceria
  • Casos de parcerias

Leia gratuitamente o Guia de Boas Práticas para Interação ICT-Empresa.

Tecido antibomba

Tecido antibomba pode evitar derrubada de aviões


Tecido antibomba pode evitar derrubada de aviões
Os pesquisadores criaram um protótipo para ser efetivamente utilizado no interior de aviões, permitindo que a bomba exploda sem destruir a aeronave. [Imagem: Jim Warren]


Mala voadora

Tecidos à prova de bombas podem ser muito úteis em diversas situações.
Uma mala suspeita em um ambiente cheio de pessoas, eventualmente até no interior de um avião, parecem ser as mais óbvias.
O super tecido é resultado do projeto Fly-Bag, conduzido por uma série de instituições e empresas da Europa.

Tecido multicamada

"O contêiner foi construído com uma combinação de diferentes camadas de tecidos técnicos," explica Donato Zangani, coordenador do projeto.
São tecidos especialmente projetados com diferentes características.
No caso de uma explosão é necessário conter a expansão de gases, que causam o impacto, reter os próprios casos tóxicos produzidos pela explosão, além de reter ao máximo os fragmentos produzidos.
Como é impossível criar um só tecido capaz de lidar com todas as situações, os pesquisadores criaram um tecido multicamada.
"Cada camada tem suas próprias características. Algumas delas foram projetadas para se expandir de forma controlada, de forma que o contêiner pode se esticar sem se rasgar," diz Zangani.

Explosão contida

Embora não seja capaz de anular a explosão de uma mala totalmente cheia, digamos, com 20 quilos de explosivos, os testes mostraram que a sacola antibomba consegue lidar com uma quantidade de explosivos muito maior do que o necessário para derrubar um avião 747.
A explosão faz com que a sacola inteira infle, saltando no ar. Conforme ela cai de volta no chão, é possível ver, pela fumaça que escapa pelo zíper, que um pequeno incêndio se inicia em seu interior.
Mas, pelo pouco oxigênio no interior do contêiner, o fogo se extingue rapidamente, e a sacola antibomba não chega a se incendiar.

Comportamento contido

"Este é um projeto de pesquisa verdadeiramente aplicado. Nós queríamos produzir um protótipo com o qual as companhias aéreas pudessem testar a implementação efetiva de todo o sistema," diz Zangani.

Isso inclui a "operação" sem necessidade de pessoal especializado.
Segundo os pesquisadores, no caso de uma ameaça não é necessário esperar pelo esquadrão antibombas, correndo o risco de que o pacote suspeito exploda antes que o socorro chegue.

Tudo o que é necessário fazer é colocar o pacote no interior da sacola antibomba e removê-la para um lugar seguro, lá onde o esquadrão antibombas pode atuar sem provocar pânico e sem interromper as operações do aeroporto.






Cortina que engrossa quando esticada resiste a explosões 



Cientistas criaram um novo tipo de cortina de proteção que, quando esticada, torna-se mais grossa, e não mais fina. 
 
Cortina que engrossa quando esticada resiste a explosões
Cientificamente falando, o fio é um material auxético - um tipo de material que fica mais grosso quando é esticado. Além de cortinas antibomba, ele poderá ser usado em curativos e fios dentais. [Imagem: Exeter University]
 
A Cortina antibomba

A nova cortina foi projetada para resistir ao impacto e capturar destroços de explosões e acidentes, como os vidros de uma janela ou da fachada de um prédio que se quebram durante tempestades muito fortes, ou mesmo de um carro-bomba.
Já existem no mercado cortinas de proteção com o mesmo objetivo. Fabricadas com malhas grossas e pesadas, contudo, elas ainda dependem de filmes aplicados sobre os vidros para evitar estilhaços.
O objetivo dos pesquisadores foi eliminar a necessidade de cobertura dos vidros e das paredes com filmes antiestilhaços, facilitando o uso da nova cortina também em situações de emergência, por bombeiros e esquadrões antibomba.

Material auxético

O segredo da nova cortina está nas fibras com que ela é tecida.
Uma fibra elástica funciona como núcleo do fio, ao redor da qual é enrolado um fio muito resistente e rígido. Quando este fio mais duro é posto sob tensão, ele se endireita. Isso faz com que a fibra elástica projete-se para fora, efetivamente aumentando o diâmetro do fio.
Cientificamente falando, o fio é um material auxético - um tipo de material que fica mais grosso quando é esticado.

A forma como os fios auxéticos são tecidos para formar a cortina também auxilia na sua capacidade de se tornar mais grossa quando recebe um impacto externo que tende a esticá-la.
A extensão do efeito auxético é determinada pelo ângulo exato em que o fio rígido é enrolado em torno da fibra elástica, e também pela relação de rigidez e diâmetro entre os dois.


Cortina que engrossa quando esticada resiste a explosões
A extensão do efeito auxético é determinado pelo ângulo exato em que o fio rígido é enrolado em torno da fibra elástica, e também pela relação de rigidez e diâmetro entre os dois. [Imagem: Auxetix]

Alterando estes parâmetros, é possível ajustar com precisão o desempenho do tecido resultante, tornando-o adequado para aplicações específicas - por exemplo, para suportar diferentes níveis de explosão ou impacto.

Ondas de choque

Outra característica fundamental da nova cortina é que, quando esticada, abrem-se pequenos poros em sua superfície. Além de serem pequenos demais para permitir a passagem de detritos e estilhaços, esses poros são projetados para deixar passar as ondas de choque de uma explosão. Isto reduz a força a que a cortina é submetida, diminuindo a probabilidade de que ela se rasgue.
Com apenas 1 a 2 milímetros de espessura, a cortina antiexplosão também pode ser fabricada de modo a permitir a passagem de uma quantidade razoável de luz natural.
Os testes comprovaram que o tecido auxético resiste a um impacto equivalente à explosão de um carro-bomba.

Curativos e fios dentais

Mas o tecido auxético também pode ser usado em aplicações menos explosivas.
Por exemplo, curativos feitos com o mesmo design resistirão muito melhor ao movimento do paciente. Os poros do material, além de permitirem uma melhor respiração do local afetado, poderão ser preenchidos com antibióticos, que serão liberados aos poucos.
Fios dentais que engrossam quando são esticados também poderão fazer uma limpeza mais eficaz do espaço entre a base dos dentes.

Lonas de proteção em áreas sujeitas a enchentes e deslizamentos são outra aplicação proposta pelos engenheiros da Universidade de Exeter, no Reino Unido, que estão desenvolvendo o novo material, que deverá ser comercializado pela empresa emergente Auxetix Ltd., criada pelos pesquisadores.
 
Fonte: Exeter


Seda de peixe promete roupas superfortes

Seda de peixe promete roupas superfortes

Uma espécie de peixe sem mandíbula e sem espinha dorsal que vive no fundo do mar há mais de 500 milhões de anos secreta uma membrana viscosa que poderá ser utilizada como o tecido da roupa do futuro. [Imagem: A substância viscosa do peixe-bruxa tem fibras extremamente fortes e elásticas]


Peixe-bruxa

A mixina (do grego myxa, muco), também conhecido como peixe-bruxa, é uma criatura sem nenhum glamour.
Ele nada em águas muito profundas, com baixa visibilidade, sempre procurando por comida. Seu prato predileto são restos de baleias mortas.
Mas ele tem uma interessante "carta na manga". O truque está na sua estrutura corporal, que se parece com a de uma cobra. Nas laterais, glândulas soltam uma substância viscosa abundante e altamente concentrada que, na ausência de mandíbula para morder os inimigos, serve de autodefesa.
Pesquisadores filmaram recentemente o que acontece quando um tubarão morde uma mixina. Sua boca e guelras são rapidamente cobertas pelo muco e imediatamente desistem do ataque para não morrer asfixiado.

Gelatina com fibras

Esta meleca liberada pelo estranho peixe está chamando a atenção dos cientistas.
Uma mixina possui cerca de 100 glândulas produtoras de muco, localizadas ao longo do seu corpo. Elas dispersam uma substância leitosa, mas que é rica em fibras.
Quando a substância leitosa se mistura com a água do mar, ela se expande, criando grandes quantidades de um muco translúcido, composto por fibras extremamente fortes e elásticas.
Estas fibras, quando esticadas na água e, logo em seguida, secadas, se tornam sedosas.
As maiores espécies de mixina podem chegar a até 1,2 metro, mas a maioria chega a apenas 30 centímetros.
Contudo, mesmo com o pequeno tamanho, apenas um peixe-bruxa possui centenas de quilômetros de filamentos de muco dentro do corpo.
Cientistas acreditam que o muco da mixina - ou ainda outras proteínas similares a esta substância viscosa - pode ser transformado em roupas esportivas ou, ainda, em coletes de proteção contra armas.
Durante anos, cientistas têm tentado encontrar alternativas para substituir fibras sintéticas como o nylon, lycra ou o spandex, que são produzidos a partir do petróleo - uma substância de fonte não-renovável.
O muco de peixe-bruxa teria assim potencial para gerar uma fonte natural e renovável para produzir tecidos.

Seda de peixe promete roupas superfortes
Atsuko Negishi e seus colegas estão tentando separar as fibras da meleca, para começar a tecer as primeiras roupas com a "seda de peixe". [Imagem: Andra Zommers/UGuelph]


Seda de peixe

Como criar peixes-bruxa em cativeiro não parece ser a solução - a espécie parece não se reproduzir bem em condições de cativeiro - os cientistas esperam reproduzir artificialmente as proteínas que são encontradas no muco do peixe-bruxa em laboratório.
Este é o mesmo método que está sendo feito com a seda de aranha. No entanto, por conta das fibras das proteínas da seda de aranha serem muito grandes, isso seria extremamente complexo (seria como tentar extrair as mesmas proteínas de uma cabra transgênica).
No caso do muco do peixe-bruxa, há ainda muitas qualidades similares ao da seda de aranha, mas com uma grande vantagem: as proteínas extraídas da mixina são muito menores e, em teoria, seriam mais fáceis de replicar.
Ninguém conseguiu produzir sequer um carretel com os fios extraídos da proteína do muco do peixe-bruxa, mas diversos grupos estão trabalhando para que isso aconteça.
"Estou tentando retirar com pinças as fibras como se estivesse puxando isso pra cima", explica a professora Atsuko Megishi, enquanto tenta puxar o que mais se parece com a nata formada numa caneca de leite quente.
Essa "nata" com a qual os cientistas trabalham é como se fosse uma membrana muito fina formada pela proteína extraída do muco do peixe-bruxa. Quando a membrana é destruída, pequenas fibras são formadas. Assim, os cientistas conseguem as puxá-las com as pontas dos dedos.
Outros membros do projeto Guelph estão ainda tentando outro método. Eles utilizam uma bactéria geneticamente modificada que pode extrair as fibras ao longo de todo o corpo do peixe.
Se os cientistas tiverem sucesso na extração dessa nova fibra, eles poderão trabalhar com a indústria têxtil para levar novos produtos ao mercado.
Mas, como "roupa de meleca de peixe-bruxa" não parece ser algo muito atraente, os pesquisadores afirmam que já estão procurando ideias para melhorar a impressão da sua "substância viscosa".

Bibliografia:

The Production of Fibers and Films from Solubilized Hagfish Slime Thread Proteins
Atsuko Negishi, Clare L. Armstrong, Laurent Kreplak, Maikel C. Rheinstadter, Loong-Tak Lim, Todd E. Gillis, Douglas S. Fudge
Biomacromolecules
Vol.: 13 (11), pp 3475-3482
DOI: 10.1021/bm3011837

Fonte: BBC


Wingsuit: como funciona a roupa que transforma você em um pássaro

 
 

Ampliar (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Não é de hoje que o homem, pelo menos alguns de nós, tem a vontade de voar como os pássaros. Se o paraquedas, a asa-delta ou o parapente não causam fortes emoções em você, espere para conhecer o wingsuit.
Esse traje foi desenvolvido para que o paraquedista tenha um controle maior sobre o seu voo, baseando-se em leis da Física com um toque de tecnologia. A roupa especial permite que a pessoa que o utiliza consiga percorrer grandes distâncias e passe muito (muito mesmo) perto do solo.
Neste artigo, vamos explicar como o wingsuit funciona, mostrar algumas curiosidades sobre essa maneira ainda mais radical de saltar de paraquedas e revelar o que os malucos, digo, praticantes desse esporte andam preparando para o futuro.

História do esporte

Como você deve imaginar, a história do wingsuit é basicamente um desdobramento e avanço do paraquedismo. O primeiro salto de paraquedas feito de um avião aconteceu em 1912 – menos de uma década após o primeiro voo realizado pelos irmãos Wright (aqui temos um impasse: na outra ponta da disputa, está Alberto Santos Dumont).
Polêmicas à parte, devemos ressaltar a coragem dos pioneiros desse esporte, que foram descobrindo como funcionava a aerodinâmica da queda livre saltando. De acordo com o site Wingsuit.dk, nos anos 30 surgiram os primeiros esboços do wingsuit. Os aparatos inventados naquela época eram feitos de materiais rígidos, como madeira, lona e até aço.
Contudo, essas asas rudimentares tinham pouca mobilidade, limitando o movimento dos paraquedistas na hora de saltar dos aviões e acionar os paraquedas – além de outros problemas técnicos. Com isso, entre 1930 e 1961, 72 dos 75 homens que testaram esses dispositivos morreram.



Foto de Patrick de Gayardon, o homem que modelou o wingsuit moderno. (Fonte da imagem: Reprodução/Perfil de Patrick de Gayardon no MySpace)

Na década de 80, o alemão Christoph Aarns resolveu colocar um material mais flexível e membranoso nas estruturas das asas, proporcionando que a queda fosse mais devagar e estável. Porém, na década seguinte a humanidade conheceu o que pode ser considerado o primeiro protótipo do wingsuit.
O paraquedista francês Patrick de Gayardon incrementou a sua roupa de salto com superfícies entre as suas pernas e braços. Infelizmente, ele morreu em 1998 testando o seu invento, mas o seu legado foi importantíssimo para a consolidação dessa modalidade.
Um dos seus praticantes mais experientes é o brasileiro Luigi Cani, que já saltou de um helicóptero sobre o Corcovado e a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, no ano de 2007. Nessa oportunidade, Cani chegou a raspar em uma formação rochosa, mas, embora a sua roupa tenha rasgado, ele conseguiu pousar em segurança.

Aerodinâmica em ação

O voo com o wingsuit, grosso modo, acontece da mesma forma como um avião consegue se manter voando: as asas criam uma área maior de resistência com o ar. A velocidade da queda livre faz o resto do trabalho. Logicamente, a explicação técnica disso é um pouco mais complicada.
Como explica o site HowStuffWorks, a primeira coisa que você tem que ter em mente é que o ar, assim como a água, é fluido. Basta colocar a mão para fora do carro em movimento para sentir a presença desse princípio. Enquanto o veículo se locomove, o ar gera uma força contrária. Obviamente, essa resistência também existe quando você está caindo do céu.




Gary Connery durante voo de wingsuit. (Fonte da imagem: Reprodução/Eddie Keogh para Reuters)


O wingsuit ainda explora outras quatro forças: peso, sustentação, empuxo e arrasto. As duas primeiras correspondem ao movimento vertical de um objeto. O peso ”puxa” o que está caindo para baixo. No sentido contrário, a força de sustentação ocorre quando a resistência do ar se equipara ao peso.
Quando há um equilíbrio entre esses princípios, o objeto é capaz de planar. Infelizmente, a área proporcionada pelo wingsuit não atinge tal equiparação – como acontece em alguns modelos de aeronaves, os planadores, que podem voar sem ter motores. É por isso que a prática dessa modalidade “exige” (você vai entender essas aspas mais tarde) a utilização de paraquedas.
Por sua vez, o empuxo é responsável pela movimentação horizontal de um objeto. Geralmente, essa força é mantida ou mais explorada com a presença de propulsores, como as asas de um pássaro ou as turbinas dos aviões.
No caso dos paraquedistas, o impulso inicial ao sair da aeronave é suficiente para que ele tenha um deslocamento frontal – lembre-se do desenho de uma parábola que o seu professor de Física fez no quadro-negro para explicar a trajetória de uma bomba lançada pelos aviões de guerra. O simples fato de correr e pular de um penhasco também é válido para se obter esse princípio

 



Na contramão está a força de arrasto, a qual é promovida pelo ar na direção oposta ao movimento horizontal do objeto. A soma de tudo isso ocasiona a chamada razão de planeio, que basicamente é a relação criada entre a força de sustentação, a força de arrasto e o peso. As diferentes pressões dessas forças sobre o paraquedista e o seu wingsuit é que permitem que ele voe para frente.

A roupa

Embora o wingsuit pareça ter apenas pedaços de tecidos costurados entre os braços e pernas da roupa tradicional de paraquedismo, ele possui detalhes importantes para o seu correto funcionamento. Portanto, não tente fazer o seu próprio macacão de salto em casa.
Como o corpo do paraquedista funciona como estrutura de sustentação para as “asas” do wingsuit, esse tipo de vestimenta especial é produzido com materiais de extrema durabilidade, mas sem a presença de tecidos muito rígidos.
Os modelos convencionais do wingsuit possuem membranas entre os braços e as pernas. Essas asas (esse é realmente o nome dado a essa parte da roupa) possuem pequenas entradas na parte de baixo para que o ar entre e as infle – tornando-as mais firmes e com o formato aerodinâmico ideal para que o paraquedista tenha uma melhor sustentação no ar e possa realizar as manobras com mais precisão.


Ampliar (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Entre os membros inferiores, a asa é dividia ao meio. Do joelho para baixo, a sua estrutura é a mesma apresentada nos braços – com as entradas de ar. Contudo, do joelho para cima, a asa conta com o chamado “painel defletor”.
Sem as fissuras, essa parte funciona como um estabilizador de voo, diminuindo as turbulências ocasionados pela forte pressão do ar. Qualquer característica comum entre o wingsuit e a fisiologia dos esquilos-voadores não é mera semelhança: a roupa foi inspirada nesses roedores que são capazes de pular longas distâncias usando os mesmos princípios desse esporte.
Para fechar o conjunto de salto, o atleta conta com um paraquedas tradicional a fim de que o seu pouso seja mais seguro e confortável. Clique aqui para conferir um vídeo interativo que mostra um salto de wingsuit em 360 graus. 

Controle de voo

Para controlar o voo, o paraquedista conta com três posições básicas. Na primeira delas, o atleta deve manter o seu corpo rígido e com uma pequena curvatura para trás (1). Assim, ele tem uma queda mais lenta e estável. Em contrapartida, a sua velocidade não é tão alta. Essa posição é considerada a ideal para os saltos de wingsuit.

Ampliar (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Inclinando levemente o corpo para baixo e dobrando um pouco os joelhos (2), o saltador consegue usar as diferentes pressões do ar para impulsioná-lo para frente com uma velocidade maior. A angulação “perfeita” para essa posição pode variar de acordo com o tamanho e o peso do paraquedista.
Por fim, os mais aventureiros e radicais do esporte podem atingir as máximas velocidades possíveis mantendo o seu corpo reto e rígido e inclinando-o acentuadamente para baixo (3). Para mudar de direção, o atleta deve girar seus braços, ombros, pernas e quadril mudando o formato das asas e redirecionando a pressão do ar.
Cada movimento deve ser feito de maneira uniforme e suave, pois ações bruscas podem fazer com que o esportista perca estabilidade, podendo levá-lo a entrar em “parafuso”, ou seja, rodar loucamente sem qualquer controle. Por isso, a prática do wingsuit é indicada apenas para paraquedistas experientes, que possuam pelo menos 500 saltos em seu histórico.

O menor erro de cálculo pode fazer com que o paraquedista tenha sérios acidentes, como o mostrado no vídeo abaixo.



Recordes mundiais no wingsuit

Saltando de paraquedas da forma tradicional, você cai a uma velocidade média de 193 km/h e pode planar entre 48 e 97 km/h. Com o wingsuit, a proporção desses valores se inverte. Isso significa que o esportista cai mais devagar, mas pode progredir para frente mais rapidamente. Normalmente, usando essa roupa especial o atleta atinge uma velocidade média de queda livre que varia de 81 a 97 km/h e é capaz de planar de 113 a 145 km/h.
Esses são os parâmetros normais de voo com o traje inspirado em esquilos. Contudo, existem algumas pessoas que não sabem lidar muito bem com limites, por isso elas tentam ir cada vez mais longe e mais rápido.
Em abril deste ano, o colombiano Jhonathan Florez bateu os recordes de maior distância percorrida (26,2 km), a queda livre com maior duração na categoria (9 minutos e 6 segundos) e o salto da maior altitude (11.358 metros). O paraquedista a atingir a maior velocidade com o wingsuit foi o japonês Shin Ito em maio de 2011, superando 363 km/h. 

Novos desafios

E se apenas recordes de altitude, distância e velocidade não bastam para botar medo em alguns paraquedistas, eles inventam novos – e mais arriscados – desafios. No dia 23 de maio de 2012, o britânico Gary Connery fez uma proeza inimaginável para muitas pessoas: saltou e não acionou o paraquedas.




Ele usou um wingsuit projetado especialmente para o feito e aterrissou “suavemente” em uma enorme pilha de caixas de papelão que serviram para amortecer o impacto. Outros paraquedistas experientes também estão fazendo estudos e testes para saltos semelhantes, incluindo o americano Jeb Corliss e o brasileiro Luigi Cani. 

A evolução

Não contentes com as limitações do wingsuit, os homens-pássaro criaram uma outra variação dessa roupa: o wingpack. O diferencial desse traje são as asas feitas de fibra de carbono – o que as tornam mais rígidas. Esse equipamento é considerado um híbrido de asa-delta e wingsuit.
Em meados de 2003, o austríaco Felix Baumgartner – o homem que pretende saltar da estratosfera – usou um wingpack para saltar de 9 mil metros de altura e percorrer mais de 35 km, atravessando o canal da Mancha em cerca de 14 minutos. Três anos mais tarde, a empresa alemã de tecnologia e segurança ESG lançou um modelo chamado Gryphon, o qual era voltado para forças militares de operações especiais.

Fontes: Wikipédia, HowStuffWorks, Mrahbeth, Wingsuit.dk

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Ensino de Máquina: inteligência artificial a serviço da educação

 

Ensino de Máquina: inteligência artificial a serviço da educação
O professor Jerry Zhu quer que programas de inteligência artificial projetem as aulas mais eficientes para que os estudantes aprendam o máximo, no menor tempo possível. [Imagem: Universidade Wisconsin-Madison]


Ensino de máquina

O aprendizado de máquina é um campo da inteligência artificial já bem estabelecido, com inúmeras utilidades, sobretudo na interpretação de grandes massas de dados.
Agora o interesse está se voltando para o "ensino de máquina", um campo que mistura ciência da computação e psicologia para tentar desenvolver lições que sejam mais facilmente aprendidas pelos humanos.
"Minha esperança é que o ensino de máquina tenha um impacto no mundo educacional. Ele é muito diferente da forma como as pessoas normalmente pensam sobre educação. Ele nos dará lições mais eficazes e personalizadas para estudantes humanos reais," prevê Jerry Zhu, da Universidade Wisconsin-Madison, nos EUA.
No ano passado, a Fundação XPrize lançou um prêmio milionário para o primeiro programa que consiga dar uma palestra para uma plateia humana. Mas Zhu e seus colegas querem desenvolver "palestras otimizadas", ou seja, palestras que permitam um aprendizado melhor do que as aulas tradicionais.

Modelo de estudante

Em vez de lidar com montanhas de dados sem saber que padrões podem ser revelados por sua análise, como ocorre no aprendizado de máquina, o pesquisador envolvido com o ensino de máquina já sabe de antemão o conhecimento que quer repassar aos alunos.
Ensino de Máquina: inteligência artificial a serviço da educação
A inteligência artificial já dá sinais de criatividade criando narrativas ficcionais. O resultado é muitas vezes maluco, mas às vezes funciona. [Imagem: Kuziki]
 
 
Assim, o foco estará nos estudantes, e na forma como eles aprendem.
"Para que a abordagem do ensino de máquina funcione, ele precisará de um bom modelo de como o aluno se comporta - ou seja, como o comportamento do aluno muda com diferentes tipos de aprendizagem ou experiências práticas," disse o professor Timothy Rogers, membro da equipe. "Além disso, o modelo precisa ser computacional; ele tem que ser capaz de fazer previsões quantitativas concretas sobre o comportamento do aluno."

Os programas usarão algoritmos sofisticados para ajudar a modelar os estudantes humanos reais e descobrir as melhores lições possíveis para que eles aprendam o máximo e o mais rapidamente possível.

Embora a definição de "melhor" caiba a cada professor em cada situação, um exemplo seria identificar o menor número de exercícios necessários para um aluno em particular apreender um conceito. "Poderiam cinco questões realmente boas ensinar o material, em vez de 20?" exemplifica Zhu.

Ensino de Máquina: inteligência artificial a serviço da educação
Robôs cientistas já fazem descobertas inéditas há algum tempo. [Imagem: Aberystwyth University]
 
 
Modelagem do aprendizado

"Em última instância, nós esperamos que o trabalho possa ser usado para ajudar os professores a desenvolver ementas de cursos e planos de aula que promovam a aprendizagem em uma ampla variedade de campos," disse Rogers, citando matemática, ciências e leitura como exemplos.
"E, igualmente importante, o esforço para fazer os modelos cognitivos da aprendizagem lidarem com problemas do mundo real é algo que poderá levar a novos e importantes avanços em nossa compreensão de como as pessoas aprendem de forma geral," finalizou.
O trabalho está nos primeiros estágios, mas a equipe espera apresentar resultados práticos do ensino de máquina nos próximos dois anos.

Bibliografia:

Machine Teaching: an Inverse Problem to Machine Learning and an Approach Toward Optimal Education
Xiaojin Zhu, Timothy Rogers, Michael Ferris, Bilge Mutlu and Stephen Wright; engineering professor Rob Nowak;, psychology professor Martha Alibali; and educational psychology professors Martina, Rau and Percival Matthews.
Twenty-Ninth AAAI Conference on Artificial Intelligence Proceedings
http://pages.cs.wisc.edu/~jerryzhu/machineteaching/pub/MachineTeachingAAAI15.pdf



Supercomputador chinês continua sendo o mais rápido do mundo


Supercomputador chinês continua sendo o mais rápido do mundo

O supercomputador mais poderoso do mundo é da China pela terceira vez consecutiva, de acordo com um ranking que lista os 500 sistemas mais rápidos do mundo.[Imagem: TOP500]


O supercomputador mais poderoso do mundo é da China pela terceira vez consecutiva, de acordo com um ranking que lista os 500 sistemas mais rápidos do mundo.
Além de liderar a lista com o Tianhe-2, a China aumentou sua presença na lista, que é publicada duas vezes por ano desde 1993.
O número de aparelhos chineses no ranking aumentou 20%, enquanto a presença de máquinas dos Estados Unidos caiu 15%.
  • Apesar disso, os Estados Unidos ainda dominam a tabela, com 233 computadores. A China tem hoje 76 supercomputadores no Top500 - na lista anterior, eram 63. O número de aparelhos chineses na lista é praticamente a soma de todas as máquinas do Reino Unido (30), da França (27) e da Alemanha (23) que estão no ranking.
No caso do software, contudo, o domínio é absoluto: 94% de todos os supercomputadores listados usa o sistema operacional Linux.

Petaflops

O Top500 funciona como um termômetro do avanço da computação no mundo. O poder dos supercomputadores é atualmente medido em petaflops (quatrilhões de operações por segundo).
O Tianhe-2, o computador mais rápido do mundo, teve sua capacidade medida em 33,86 petaflops. O avanço tem sido rápido: passaram-se apenas cinco anos desde que o Roadrunner da IBM tornou-se o primeiro computador a romper a marcar de 1 petaflops. Essa máquina foi desligada em 2013 devido a seu consumo excessivo de energia.

O supercomputador Tianhe-2 é de propriedade do governo da China e é operado pela Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa. Ele é usado como uma ferramenta educacional e de pesquisa.

Supercomputadores do Brasil

Quatro sistemas brasileiros aparecem no Top500 dos supercomputadores - eram três na edição anterior.
Em 96º lugar no ranking está um computador montado no SENAI Cimatec, na Bahia. O segundo aparelho brasileiro mais bem colocado é o Grifo04, pertencente à Petrobras, que ocupa a 191ª posição na tabela.

Fonte: BBC

USP recebe supercomputador para simular o cérebro

 

 
 
 

Aglomerado de computadores

A USP está recebendo um supercomputador que simulará o funcionamento do córtex cerebral, uma das partes mais importantes do sistema nervoso central.
O equipamento utiliza o poder concentrado de processamento de um aglomerado de computadores, o chamado cluster, um conjunto de computadores que trabalham de forma coordenada, formando um supercomputador virtual.

Serão quatro nós de alta velocidade, cada um contendo oito processadores com 10 núcleos. Para cada processador há uma memória de 16GB DDR4. O sistema também tem um acelerador gráfico de alta tecnologia, essencial para permitir simulações numéricas rápidas e grandes - caso das tarefas que o supercomputador desempenhará.

"O cluster será configurado para fazer processamento numérico e simular redes de neurônios, possibilitando o estudo de alterações na atividade dessas redes quando é aplicado um estímulo externo ou quando ocorre uma lesão ou perda de uma região do córtex, provocada por um acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo. Trata-se de simulações de grande porte e o cluster estará preparado para isso", explicou Antônio Carlos Roque, pesquisador do NeuroMat (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Neuromatemática).

Simulação válida


 

De acordo com o pesquisador, a primeira meta do supercomputador será gerar uma simulação válida do córtex, que é relacionado a funções importantes do cérebro, como memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e pensamento.

"Simulações fornecem modelos em que se pode aplicar e testar de forma experimental hipóteses que ainda permanecem em um nível abstrato," disse.

A estrutura que está sendo concebida tem milhões de neurônios que interagem entre si, organizados em uma arquitetura que captura os padrões de ligações neuronais do córtex, tanto verticalmente, com colunas de neurônios densamente interligados, como horizontalmente, com uma rede de colunas interligadas.

"Praticamente todas as funções superiores do cérebro dependem do córtex. Por isso é preciso conhecer bem a anatomia dessa região, a sua estrutura, as conexões entre os neurônios e que tipo de células estão inseridas nessa arquitetura. Os neurônios têm 'personalidades' diferentes e é preciso conhecer seus efeitos, compreendendo também como eles se combinam com os efeitos das conexões neuronais e da dinâmica das sinapses," disse Roque.

O supercomputador deverá começar a funcionar em potência plena em janeiro do próximo ano.

Pixel de cristal para vídeo holográfico

 

Pixel de cristal para vídeo holográfico
Este é o gerador de pixels holográficos que serve de base para os monitores 3D que já estão sendo construídos pela equipe. [Imagem: D.Smalley/BYU]


Vídeo holográfico

Pesquisadores desenvolveram um componente que pode viabilizar os monitores holográficos de vídeo - uma espécie de gerador de pixel holográfico.
A holografia promete filmes 3D reais, permitindo, por exemplo, andar em volta dos objetos sendo mostrados. Contudo, apesar de algumas demonstrações pioneiras, vídeos holográficos de qualidade têm-se mantido como privilégio dos personagens da ficção científica.

Agora, Andre Henrie e colegas da Universidade Brigham Young e do MIT criaram um novo componente para a manipulação da luz que eles afirmam ser adequado para a construção de monitores de vídeo holográfico grandes a preços acessíveis - e eles já estão construindo um.
Para formar os pixels 3D da imagem holográfica, é necessário manipular a luz de forma muito precisa, incluindo sua inclinação e sua cor. O novo componente usa ondas acústicas superficiais para formar um padrão dinâmico de linhas que por sua vez controlam o ângulo de difração da luz e a sua composição de cor.

Pixel holográfico

Tudo acontece na superfície de um cristal de niobato de lítio (LiNbO3), um cristal que possui memória sonora e que já foi usado em outras demonstrações de vídeos holográficos pela mesma equipe.
Abaixo da superfície do cristal foram escavados canais microscópicos que confinam a luz, formando guias de onda. Um eletrodo metálico é então depositado em cada guia de onda, para produzir as ondas acústicas superficiais e controlar cada canal de luz.
Isto permite separar a luz em cores para criar um monitor de vídeo que os pesquisadores chamam de "tela de comprimentos de ondas": "Nós não precisamos depender de filtros de cores ou de pixels azuis ou vermelhos dedicados," explica o professor Daniel Smalley.

Sala de vídeo

As guias de ondas escavadas nas fitas de filmes de cristal permitem qualquer combinação de cores na saída simplesmente alterando a frequência do sinal de entrada, que funciona como um "pixel branco".
"Nós podemos usar esta tecnologia para fabricar telas de guias de onda simples e baratas - incluindo telas de vídeo holográficas de baixo custo. Isto deverá derrubar o custo de uma tela holográfica de vídeo de dezenas de milhares de dólares para menos de mil dólares," disse Smalley.
E a equipe anunciou que já está trabalhando nos primeiros protótipos - grandes o suficiente para ocupar uma sala inteira, garantem eles.

Bibliografia:

Frequency Division Color Characterization Apparatus for Anisotropic Leaky Mode Light Modulators
Andre Henrie, Benjamin Haymore, Daniel E. Smalley
Review of Scientific Instruments
Vol.: 86, 023101
DOI: 10.1063/1.4906329
 
Fonte: PHYS.ORG

Pele de invisibilidade pode ser ligada e desligada

 Pele de invisibilidade pode ser ligada e desligada

Ilustração esquemática da metassuperfície de apenas 80 nanômetros de espessura, chamada pelos pesquisadores de "pele de invisibilidade". [Imagem: Xiang Zhang Group/Berkeley Lab]


Pele de invisibilidade


Os mantos de invisibilidade começaram com metamateriais mais grossos do que pizzas, mas logo tornaram-se camuflagens realmente finas como mantos.
Agora eles afinaram de novo, e se tornaram uma "pele de invisibilidade".
A grande vantagem é que uma camuflagem fina como pele pode amoldar-se a objetos de qualquer formato.
"Esta é a primeira vez que um objeto 3D de formato arbitrário foi camuflado na luz visível," garante o professor, Xiang Zhang, dos Laboratórios Berkeley, nos EUA.
"Nosso manto de invisibilidade ultrafino agora se parece como um casaco de pele. Ele é fácil de projetar e implementar, e é potencialmente escalável para esconder objetos macroscópicos," acrescentou Zhang.

Agora você vê, agora não vê

A pele de camuflagem é formada por nanoantenas de ouro dispostas em uma camada de apenas 80 nanômetros de espessura. Ela foi testada envolvendo objetos tridimensionais, de formatos arbitrários, com dimensões de até 1,3 milímetro quadrado.
Os experimentos, usando luz vermelha - comprimento de onda de 730 nanômetros - mostraram que a luz refletida pela pele de invisibilidade é idêntica à luz refletida por um espelho plano, tornando o objeto embaixo dela invisível mesmo com sistemas de detecção sensíveis a alterações de fase da luz.
A pele de invisibilidade pode ser ligada e desligada alterando a polarização das nanoantenas.

Mil e uma utilidades

A capacidade de manipular as interações entre a luz e os metamateriais abre caminho para futuras tecnologias como microscópios ópticos de alta resolução e computadores ópticos super rápidos.
Peles de invisibilidade na escala microscópica, como a que foi agora demonstrada, podem ser úteis para esconder os detalhes do esquema de componentes microeletrônicos ou para fins de criptografia e segurança. Em macroescala, entre outras aplicações, as capas de invisibilidade poderão ser úteis para telas 3D e tecnologias holográficas.

Bibliografia:

An Ultra-Thin Invisibility Skin Cloak for Visible Light
Xingjie Ni, Zi Jing Wong, Michael Mrejen, Yuan Wang, Xiang Zhang
Science
Vol.: 349 no. 6254 pp. 1310-1314
DOI: 10.1126/science.aac9411
 
Fonte: Group/Berkeley Lab in Inovação Tecnológica.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Softbank Robotics adverte sobre o uso do robô Pepper

 

Fabricante japonesa de robô avisa que ele não serve para praticar sexo

Softbank Robotics incluiu advertência nas condições de uso do robô Pepper.
Preço do robô é de US$ 1,7 mil mais seguro de US$ 200.


 
Da EFE

Robô Pepper, da Softbank Robotics, é capaz de reconhecer faces e perceber mudanças na voz para 'ler' emoções. (Foto: Reprodução/Youtube)Robô Pepper, da Softbank Robotics, é capaz de reconhecer faces e perceber mudanças na voz para 'ler' emoções. (Foto: Reprodução/Youtube)
 
 
A companhia japonesa que comercializa o conhecido robô doméstico Pepper, o primeiro fabricado em série capaz de se comunicar com pessoas e interpretar suas emoções, advertiu que a máquina não pode ser usado para praticar sexo.

Segundo a empresa, usuários que descumpram essa condições podem sofrer sanções legais.
O gigante das telecomunicações Softbank incluiu a advertência nas condições de uso do robô, informou nesta segunda-feira (28) a companhia, que lançou o autômato em junho por um preço de 213 mil ienes (US$ 1.740).

Os consumidores têm ainda de custear uma taxa de seguro mensal de US$ 200 por três anos de contrato. A primeira tiragem do equipamento concebido para uso doméstico, de mil exemplares, se esgotou em apenas um minuto após ser lançado no país asiático.

Os desenvolvedores SoftBank Mobile e Aldebaran Robotics chamam a máquina de robô "com coração". Ele tem altura de 120 centímetros e conta com articulações superiores e cabeça móveis, assim como rodas.

Além de se comunicar verbalmente, o robô é capaz de ler emoções humanas graças a seus sensores e câmaras. Também pode compartilhar suas experiências e aprender novas funções por meio de sua conexão permanente à internet.

Fonte: G1

História do Fósforo

1. Como surgiu o palito de fósforo? 


Foi um alquimista de Hamburgo, Alemanha, chamado Henning Brandt, que descobriu acidentalmente, em 1669 o elemento químico batizado de fósforo (do grego phos, luz, mais phoros, transportador), ao tentar obter ouro a partir de urina. A descoberta chegou ao conhecimento do físico inglês Robert Boyle (1627-1691), que criou, 11 anos mais tarde, uma folha de papel áspero com a presença de fósforo, acompanhada, de uma varinha com enxofre (elemento que se incendeia com facilidade) em uma das pontas.

    O calor causado pela fricção do palito com a superfície áspera fazia o fósforo liberar faíscas, incendiando o enxofre. O invento, no entanto, ainda era uma curiosidade muito cara. Foi apenas um século depois, em 1826, que os palitos de fósforos, então com 8 centímetros de comprimento começaram a se popularizar. O inconveniente era que eles costumavam incendiar-se sozinhos dentro da embalagem. Esse problema seria resolvido somente em 1855 com o surgimento do “fósforo de segurança”, recoberto com um agente isolante para não pegar fogo à toa. No Brasil, o produto só passou a ser fabricado no início do século XX pela Fiat Lux.
     
2. Fiat Lux, Faça-se a Luz

 O nome Fiat Lux é uma expressão do latim que significa “Faça-se a Luz” e que deu origem ao nome da marca do fósforo, visto que nos tempos antigos um dos principais usos dos fósforos era o acendimento de velas e lamparinas para iluminação.

3. A História do Fósforo

    FAZER FOGO JÁ FOI UM DESAFIO AO HOMEM.

    Os fósforos de segurança estão de tal maneira integrados na vida do homem que muitas pessoas chegam a duvidar que eles não tenham existido durante muitos séculos. Principalmente porque o conhecimento do fogo e dos seus usos pertence a toda a humanidade, sendo rara a tribo selvagem ignorante por completo a seu respeito.
    É inútil perguntar como o homem cedo descobriu que o fogo estava sujeito ao seu controle e até mesmo à sua vontade. A utilização de pedras e sílex para armas e a moldagem delas, pelo polimento das armas, devem ter sido o começo de tudo, sugerindo-lhe os meios de obter e controlar as faíscas.

    O método de fricção foi, naturalmente, o mais usado a partir dos primeiros conhecimentos. A ação de um bastão com a ponta rombuda, usada como eixo e colocada no encaixe de uma outra peça de madeira mole, constituiu, provavelmente, o método preferido de fazer fogo. Com o rolar do eixo entre as palmas da mão, a fricção no encaixe faz a madeira se empoeirar um pouco e o calor gerado pela rotação constante produz fogo – é verdade que com grande esforço.
    As lentes para obtenção do fogo eram empregadas nos primórdios da humanidade. Foram mencionadas por Aristófanes em “As Nuvens” e estão citadas na lenda, segundo a qual Arquimedes incendiou os navios em Siracusa por meio de lentes. Na China, vidros que produziam fogo vinham sendo usados desde muitos milhares de anos.

    O Fogo Difícil
     
    Até 1805, sílex e aço eram de uso universal e, então, o meio mais fácil de fazer fogo. Completavam o processo uma caixa de pavios e uma de palitos sulfurados. As faíscas apareciam pelo contato do aço com o sílex. Então, se houvesse sorte, as faíscas incendiavam o pavio, que era feito de trapos de linho, trançados, contidos em uma caixa de metal. Depois, era necessário soprar o pavio inflamado para aumentar a brasa e, então, a área incandescente era tocada por um pavio sulfurado. Só ao fim de todo esse trabalho se conseguia acender a lamparina ou o candeeiro. Os palitos tinham cerca de 15 centímetros de comprimento, apontados em cada extremidade, que se embebia com enxofre.

    O primeiro método simplificado surgiu em 1805, inventado por M. Chancel, de Paris. Consistia em uma pequena garrafa de ácido sulfúrico bem forte, em que se colocava alguns asbestos fibrosos para se embeberem do ácido, a fim de evitar derramamento. Junto com isso havia um suplemento de pequenos palitos de madeira, com cerca de 5 centímetros de comprimento. Uma das extremidades do palito era colocado em enxofre derretido e, em seguida, coberto com uma mistura química composta de clorato de potássio, açúcar em pó e goma-arábica em pó. Por fim, coloriam a extremidade com vermelhão.

    Existiam, porém, várias desvantagens nessa invenção. Em primeiro lugar, porque o ácido sulfúrico é liquido muito perigoso para ser transportado daquele modo. Depois, o seu poder de absorção da umidade da atmosfera rapidamente o tornava inútil.

    A Chama Fácil
     
    Em 1827, o químico inglês John Walker, em Stocktonon-Tess, inventou o primeiro fósforo de fricção. Usou como cobertura do palito uma mistura com duas partes de sulfito de antimônio e uma parte de clorato de potássio. A mistura era transformada numa pasta com goma-arábica. Os palitos, após embebidos no enxofre derretido, eram mergulhados de novo nessa mistura. O fósforo rapidamente se inflamava quando puxado entre duas folhas de lixa.

    Não se pode dizer que os primeiros fósforos fossem baratos. Segundo uma autoridade que chegou a ver os livros de contabilidade de John Walker, a primeira venda de fósforos foi feita ao Sr. John Hixon, a 7 de abril de 1827: 84 fósforos hidrogenados e sulfurados.

    Após o descobrimento dos fósforos de segurança, fase em que se assinala a 30 de outubro de 1844 o registro de uma patente na Suécia, com base na invenção do sueco Gustav Erik Pasch, a industrialização do fósforo rapidamente se espalhou pela Europa. Nos últimos 70 anos não têm havido mudanças fundamentais no tipo de fósforo, mas os aperfeiçoamentos nos processos de produção foram enormes e não param.

    No Brasil só são fabricados fósforos de segurança porque o que risca em qualquer lugar é considerado perigoso. No exterior, ambos ainda estão no mercado, assim como um outro que, de início, recebe uma cabeça com massa de fósforo de segurança e, em seguida, por cima da cabeça, uma pequena quantidade de massa de fósforo que permite riscar em qualquer lugar.
    No correr dos anos tem havido muito interesse na produção de um fósforo “eterno” e muitas proclamações fantásticas já foram feitas nesse sentido. Entretanto, a verdade é que todos os processos resultaram insatisfatórios porque os fósforos assim criados são difíceis de riscar e, além disso, venenosos.

    1. O que é o fósforo?

       A palavra fósforo é proveniente do grego phos, que significa luz e phoros, que significa transportador. Quimicamente falando o fósforo é um elemento de número atômico 15, não metálico, reativo, com diversos compostos importantes. Símbolo: P. É um elemento luminoso no escuro e que arde em contato com o ar.

    2. E porque o palito de fósforo tem esse nome?

      A cabeça do palito de fósforo é feita de uma massa química, mas não contém fósforo nem pólvora, como muita gente pensa. Esta massa contém um composto químico chamado clorato de potássio, que cede oxigênio facilmente. Na lixa da caixinha de fósforos é que se encontra o elemento químico fósforo. Daí a origem do nome.

    3. Como funciona o fósforo? Como ocorre a combustão?

      A Combustão ocorre de uma reação gerada pelo atrito do clorato de potássio existente na cabeça do palito contra o elemento químico "fósforo" que está na lixa da caixinha.

    4. Qual a madeira utilizada?

      Atualmente a Swedish Match utiliza a madeira de choupo e de Pinus. Existe um plano para substituir a curto prazo esta última integralmente por Choupo.


    Fonte:  ® Swedish Match do Brasil SA

     

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Selfies já matam mais humanos do que ataques de tubarões

Um levantamento do site Mashable mostra que tirar foto de si mesmo pode ser mais perigoso do que nadar com tubarões

Russos fazendo uma selfie em Dubai (Foto: Alexander Remnev)
 
 
Já falamos deste "fenômeno" aqui no Experiências digitais: selfies podem matar.
Um levantamento feito pelo site de tecnologia Mashable mostra que o número de mortes causadas por selfies em 2015 supera o de causadas por ataques de tubarões. Foram 12 acidentes fatais originados pelo ato de tirar fotos de si mesmo contra oito ataques de tubarões.

O último caso aconteceu na semana passada. Um turista japonês morreu depois de despencar de uma escada enquanto tentava fazer uma selfie no Taj Mahal, na Índia. Esse tipo de acidente é o mais comum entre as mortes por selfie. Quatro dos 12 casos fatais foram de gente que caiu enquanto tentava tirar uma foto de si mesmo. Em segundo lugar, aparecem as selfies com trens em movimento... Pois é.

>> Leia também: Tirar selfies em lugares fúnebres é um desrespeito?


A preocupação com o fenômeno é tamanha que o governo russo lançou em julho deste ano uma cartilha num movimento nacional para conscientizar a população sobre os perigos da selfie. Um parque nacional no estado do Colorado, nos Estados Unidos, chegou a fechar as portas porque as pessoas não conseguiam parar de tirar selfies com... ursos.
Há algo de errado na humanidade.
 

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

RealDoll Sex - A boneca inteligente

Criador da "Sex Doll" tem planos para bonecas artificialmente inteligentes

 

Silicone RealDoll sex dolls creator, Matt McMullen, has just launched a new venture called RealBotix, to incorporate artificial intelligence into sex dolls. He wonders if the creators behind a campaign to ban the development of sex robots have "anything better to do."
Silicone RealDoll sex dolls creator, Matt McMullen, has just launched a new venture called RealBotix, to incorporate artificial intelligence into sex dolls. He wonders if the creators behind a campaign to ban the development of sex robots have "anything better to do." (David McNew/Getty Images (left) Ric Francis/AP (right))

A empresa que produz o que tem sido chamado de "Rolls-Royce" das bonecas sexuais começou a desenvolver uma boneca com inteligência artificial - apesar das campanhas de grupos de especialistas em ética robô tentarem proibir o desenvolvimento de robôs sexuais.Kathleen Richardson é  especialista em ética robô na Universidade de Montfort, em Leicester, Inglaterra. Richardson está alertando para proibição de robôs capazes de ter relações sexuais.Mas isso não impediu que a RealDoll, uma empresa sediada em San Marcos, Califórnia, começasse a desenhar bonecas com inteligência artificial. As bonecas terão personalidades, reações e emoções. Matt McMullen explicou que é parte de um projeto chamado RealBotix.

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Silicone RealDoll sex doll faces receive teeth at the Abyss Creations factory in San Marcos, California. (David McNew/Getty Images)
 
 
Richardson alegou que quando os seres humanos usam robôs sexuais, eles estão reforçando "formas abusivas de relacionamentos ... [ter] as suas necessidades satisfeitas, sem considerar outro lado." Mas McMullen acredita que é uma visão estreita.

"[Nossos clientes] não olham para as suas bonecas como uma escrava sexual. A IA que estamos a desenvolver podem discutir política com você, pode discutir um livro que você leu,  pode discutir quem é o autor e quem é o músico . E eu acho que um monte de pessoas que acabam por comprá-la têm a necessidade de cuidar de alguém, porque não tem ninguém em sua vida.
Assim como seria errado  proporcionar-lhes uma alternativa para isso?
Se fazem eles felizes não será um grande negócio? "


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A worker ships crates of finished silicone RealDoll sex dolls at the Abyss Creations factory in San Marcos, California. (David McNew/Getty Images)
 
 
McMullen entende que há um mal-estar geral em torno de inteligência artificial e robôs. Mas ele diz que é cultural exagerar os riscos.

"Eu acho que tem havido muitos filmes como Terminator que dão às pessoas esse medo de que a inteligência artificial vai tornar-se tão inteligente que vai assumir vários aspectos de nossas vidas. E, pelo menos na medida em que estamos fazendo, isso não é o caso. não é possível ", diz ele.

McMullen espera mostrar as RealDolls equipadas com inteligência artificial em breve estima o preço de cerca de US $ 10.000 por boneca.

Fonte: CBC/Radio-Canada

Como uma bolsa da Prada é feita?

A marca italiana lançou um vídeo que mostra os processos de fabricação da sua bolsa, a “Double Bag“ – é aquela que tem uma bolsinha dentro da outra, sabe? O acessório é feito por artesãos na Itália, e cada etapa é feita manualmente. 

 Veja o vídeo Prada Double Bag




Fonte: PRADA

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Por que certos logotipos causam polêmica


Image copyright Reproducao
Image caption Para alguns, logotipo do Airbnb teria sido tirado da barba de Peter Griffin, de 'Family Guy' 
               
Logo após o logotipo do designer Kenjiro Sano para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 ser descartado pelos organizadores em meio a acusações de plágio, as redes sociais foram inundadas por ilustrações sugeridas pelos internautas. No mesmo dia, a primeira grande mudança no logotipo do Google em 16 anos criou uma grande discussão nos mesmos meios.
São situações que ilustram o precário mundo do designer gráfico, onde mesmo a imagem mais inócua pode despertar ondas de ira online e offline.
Marcas internacionalmente conhecidas, como a da confecção Gap e a da fabricante de sucos Tropicana, tiveram que abandonar o projeto de mudar seus logotipos depois de atrair críticas. E tanto Jeb Bush como Hillary Clinton, pré-candidatos republicano e democrata (respectivamente) às eleições presidenciais americanas, foram alvo de gozações quando lançaram as imagens de suas campanhas.

As "análises" de logotipos pelo público variam do humor a alegações de satanismo. Quando a rede americana de lanchonetes IHOP atualizou seu logotipo depois de 20 anos, acrescentando a ele um inofensivo sorriso, foi acusada de introduzir um elemento macabro ao desenho.

Image copyright IHOP
Image caption Rede de lanchonetes americana foi alvo de ataques quando incorporou um sorriso a seu logo
"Quanto mais eu olho para o novo logotipo, menos eu vejo o sorriso de uma marca feliz e bem ajustada", diz Mark Wilson, redator do estúdio nova-iorquino Co.Design.
"Uma inspeção mais detalhada me mostra as cores azul e vermelha de um circo e uns olhos arregalados pela mistura de cafeína e anfetaminas. Não é o rosto de um americano contente por comer na lanchonete, mas sim o de um palhaço à beira da psicopatia."

Leia mais: Busca por novo logo olímpico para 2020 agita redes sociais no Japão
 

Ligações perigosas?

Image copyright Procter and Gamble
Image caption Emblema da Procter & Gamble de 1851 foi atacado por supostas ligações ao satanismo
Longe das piadas, há o exemplo da multinacional Procter & Gamble, que sofreu uma série de acusações mais graves e sinistras, sendo obrigada a abandonar seu logotipo original mais de cem anos depois de sua criação.
Seu símbolo mostra a figura de um rosto masculino em forma de meia-lua contra um fundo de estrelas. Mas nos anos 80 começaram a circular rumores de que os cachos na barba e nos cabelos do homem seriam chifres e esconderiam um "666" invertido, a chamada "a marca da besta".
A persistência dos rumores fez a empresa retirar os cachos da figura em 1991. Em 2007, a Procter & Gamble ganhou US$ 19 milhões em um processo contra a concorrente Amway, acusada de espalhar acusações falsas sobre a ligação da multinacional com o satanismo.
Apesar de a Procter & Gamble ter inicialmente eliminado a imagem da lua, o astro acabou voltando em uma atualização feita em 2013.
Leia mais: Os mistérios do 'mapa mais adorado do mundo'

Controvérsias no esporte

Image copyright London 2012
Image caption Animação com marca da Olimpíada de Londres provocou convulsões
Alguns logotipos provocam mais do que uma tempestade nas redes sociais. O desenho para a Olimpíada de Londres 2012 gerou uma reclamação formal por parte do Irã, que ameaçou boicotar os jogos. Segundo o governo iraniano, os números retorcidos na realidade formariam a palavra "Zion" ("Sião") e representariam uma conspiração pró-Israel.
O logo, que causou convulsões epiléticas em algumas pessoas quando um vídeo foi exibido em seu lançamento, também foi comparado a um personagem de Os Simpsons durante um ato sexual ou ainda a elementos da suástica.

O mundo dos esportes é famoso pelas polêmicas em torno de logotipos. Nos Estados Unidos, problemas com o uso de nomes e símbolos indígenas existem desde a década de 60, com times como o Atlanta Braves, de beisebol, taxados de "insensibilidade racial". No basquete, as equipes que já usaram mascotes indígenas abandonaram a ideia há tempos.

Já o time de futebol americano Washington Redskins ("Peles-vermelhas de Washington", em tradução literal) mantém seu nome e seu logotipo e agora enfrenta uma lei que acaba com os mascotes "peles-vermelhas" em todo o país, defendida pelo presidente Barack Obama e 50 senadores.


Leia mais: Ícone do design, garrafa de Coca-Cola faz 100 anos

Ideias sugestivas

Image copyright Dirty Bird
Image caption Logotipo de rede de fast food causou escândalo no País de Gales
Designers também podem provocar ofensa de outras maneiras, optando por eufemismos para ganhar publicidade. Algumas combinações de letras podem se mostrar especialmente libidinosas, como um "b" perto de um "d" – recurso aproveitado pela rede de fast food Dirty Bird, do País de Gales.
Argumentando querer "mudar a percepção do público" para seus lanches de frango frito, a empresa chocou os moradores galeses quando foi inaugurada, em 2014.

Mas alguns debates não são intencionais, e até mesmo o design mais inocente já foi atacado por observadores de "mente suja". Quando o Airbnb lançou seu novo logo, em julho de 2014, gerou Tumblrs inteiros dedicados a qual parte da anatomia humana ele aludia. "Serão testículos? Será uma vagina? Serão testículos na frente de uma vagina?", perguntou o site de tecnologia Gizmodo, na época.
A empresa explica que o logotipo se chama "Bélo", uma referência a uma "expressão que significa pertencer a algum lugar", e ainda incorpora um abraço, um mapa e um coração. Ou, segundo um observador engraçadinho, pode ter simplesmente nascido do queixo de Peter Griffin, do seriado Family Guy.

Leia mais: As melhores e mais estranhas sugestões para a nova bandeira da Nova Zelândia

Leia a versão original desta reportagem em inglês no site BBC Culture.