quinta-feira, 14 de junho de 2012


URBANIDADE E ICONOGRAFIA



Uma visão sociológica das sociedades urbanas por Sueco Lars Arrhenius. Situações comuns à maioria das pessoas, aqui representados pelos emblemáticos e internacionalmente reconhecidos ícones.


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Lars Arrhenius é um artista Sueco que vive em Estocolmo, que já teve os seus trabalhos apresentado em cidades como Londres, Milão, Amesterdão ou Nova Yor. Usa como base em alguns dos seus trabalhos, os tão banalmente universais ícones de sinalização e informação, e desta forma constrói verdadeiras narrativas sociais.
Qual Bruegel dos tempos modernos, apresenta-nos as dinâmicas que existem nas sociadades urbanas ocidentais. Podemos confortavelmente observar estas dinâmicas, com a distância que estas representações nos permitem, mas que ao mesmo tempo somos atraídos por uma próximidade absurda, pelo simples facto de nos revermos em muitas das situações caracterizadas.


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Arrhenius chama a atenção para a maneira como o mundo urbano funciona, sejamos nós meros espectadores ou participativos actores. Esta visão e análise assenta essencialmente na complexidade do comportamento humano, mas também nas suas constantes repetições. O que alguns chamam de monotonia, para outros é a maneira mais confortável de viver a vida.
É inegável a universalidade destas obras, pois embora tenha por base uma sociedade do norte da Europa, como é a Sueca, as situações e elementos apresentados são comuns a diferentes sociedades urbanas. Estas acções poderiam perfeitamente acontecer em Lisboa, Paris, São Paulo, Tóquio ou no Rio de Janeiro.



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Arrhenius trabalha também outras temáticas noutras plataformas, mas estas são as mais reconhecidas internacionalmente. Confira três curtas metragens que já tiveram expostas em museus e galerias por todo o mundo, fosse em exposições individuais ou colectivas. Um artista que trata certamente o audiovisual por tu.


-The Man Without Qualities de 2004
-Habitat de 2006
-The Street de 2004

Em The Man Without Qualities temos a história de vida de um qualquer homem banal, as suas lutas diárias desde o nacimento até à sua morte. Mais do que a história de um homem é também um pouco a história das pessoas com quem se relacionou.


Em Habitat acompanhamos a vida de várias pessoas e de um cão. Toda a acção é passada em três apartamentos de um qualquer prédio urbano. São várias histórias dentro da mesma grande história. Encontramos de mãos dadas humor, seriedade ou até mesmo submissão e melancolia, tudo ingredientes para situações por vezes caricatas. As relações sociais são caracterizadas de uma forma inteligente, indo buscar situações do quotidiano para as representar.


Em The Street podemos ver uma representação exagerada das nossas rotinas diárias. Aqui cada individuo contribui para manter a grande máquina social bem oleada, onde os humanos são as engrenagens principais. Neste mundo iconizado mas muito familiar são retratadas pequenas histórias comuns a milhões de pessoas.


Outros vídeos (não tenho a certeza se pertencem a este artista)
Sem Título


Classe A intro série de tv Sueca



Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/vida_alternativa/2012/06/urbanidade-e-iconografia.html#ixzz1xpq4SUJy

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