quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

USP estuda criação de selo verde para calçados





Se depender da Universidade de São Paulo, os consumidores poderão comprar seus calçados com consciência ecológica. Isto porque a USP, junto com Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), criará o selo verde para calçados. 
As fabricantes serão avaliadas nos seguintes quesitos: econômico, ambiental, social e cultural. Na questão econômica será analisado o uso racional de matérias-primas, economia de água e energia, além de aspectos ligados à produtividade. Já no ambiental será examinado se foram utilizadas substâncias tóxicas no amaciamento do couro ou em outros processos da fabricação.
Em relação ao aspecto social, serão avaliadas as questões de saúde preventiva, segurança no trabalho, incentivos dados aos funcionários em relação à educação e o não uso de mão de obra infantil. Por fim, ainda existe a preocupação com a questão cultural, em que será visto a interação positiva da empresa com as comunidades e o desenvolvimento de ações para preservar a cultura local.
Pesquisadores da Poli e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, em parceria com a Assintecal, avaliaram que um calçado produzido a partir do conceito sustentável tem um custo final de 20% a 25% maior do que o convencional. Ambos acreditam que a solução para incentivar os consumidores a comprarem os produtos verdes é trabalhar a conscientização e buscar parcerias com instituições e empresas. A ideia de desenvolver o selo verde é apenas uma das estratégias que deverão ser colocadas em prática. 
 Alguns alunos norte-americanos vieram ao Brasil para estudar todo o ciclo de produção do mercado de calçados e avaliar o impacto de ações de sustentabilidade. Os resultados foram divulgados pela Assintecal em janeiro.
 Um das vantagens do selo será padronizar o conceito de calçado sustentável, pois atualmente há no mercado os “eco shoes”, que são os sapatos produzidos por meio de processos ecologicamente corretos. Entre os exemplos está o “sapato biodegradável”, que se transforma em adubo a partir de cinco anos enterrado.
 A previsão é de que a certificação para sapatos seja instituída ainda no primeiro semestre de 2012. Com informações de Ideias Verdes e USP

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