domingo, 25 de setembro de 2011

ECOMED - estação coletora de resíduos de medicamentos


Para cada quilo de medicamento descartado no lixo comum ou na fossa sanitária, cerca de 450 mil litros de água são contaminados. A conta, feita pela Brasil Health Service (BHS), que fornece produtos para o segmento médico, convenceu a Droga Raia e o laboratório Medley a alugar uma máquina com sistema computadorizado para coletar medicamentos vencidos e garantir o descarte seguro.

Segundo a Anvisa, só na capital paulistana são vendidos no varejo 170 milhões de produtos farmacêuticos por mês. Faz pouco tempo, remédios vencidos ou em desuso iam parar no lixo comum ou no vaso sanitário, hábito que pode causar a contaminação da água e do solo por substâncias químicas.
É importante lembrar que mesmo as embalagens primárias – aquelas que entram em contato com a medicação – são consideradas como resíduos perigosos, já que podem ter sido contaminadas, e devem ser descartadas corretamente junto aos remédios.






Mas, desde o final do ano passado, foi inaugurado o programa Descarte Consciente.  Aprovado pela Secretaria de Saúde da cidade de São Paulo, o projeto é criação da Brasil Health Service (BHS), empresa de tecnologia e inovação em saúde, em parceria com a rede Droga Raia e a Medley. Ele já conta com 13 postos de recolhimento de fármacos na cidade de São Paulo.
Todos os postos de recolhimento são equipados com a Ecomed, uma estação coletora de resíduos de medicamento. A estação oferece três compartimentos de depósito: um para pomadas e comprimidos, um para líquidos e sprays e outro para caixas e bulas, que devem ser rasgadas antes do descarte.
Os coletores têm aberturas do tipo boca de lobo e portas com fechamento a chave, impedindo a retirada do material depositado. Antes de fazer o descarte, o consumidor registra o tipo do medicamento que deverá depositar por meio do leitor de código de barras da Ecomed, sistema que permite o rastreamento de remédios controlados evitando que esse tipo de medicação seja desviada e revendida ilegalmente.





Os dados registrados na máquina são usados para a elaboração do preservômetro – um índice que permite ao consumidor acompanhar quanto foi recolhido e quais os benefícios dessa coleta para o meio ambiente. De acordo com estimativas do pesquisador e sócio da BHS, Joe Roseman, cada quilo de medicamento recolhido deixará de contaminar 450 mil de litros de água e, segundo projeções do especialista, cerca de 186 toneladas devem ser coletadas no primeiro ano de funcionamento do programa.
Da Ecomed, o material é levado pelo Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb), órgão gerenciador dos serviços prestados na cidade de São Paulo, para a destinação final correta. Medicamentos vencidos e produtos químicos são enviados para usinas de incineração certificadas, enquanto seringas e agulhas são encaminhadas para uma usina de tratamento para serem descontaminadas e, em seguida, são mandadas para aterros especiais.




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